RESULTADOS E PLANEJAMENTO
A não ser que haja um compromisso,      
só há promessas e esperanças...       
mas nada de planos.      
Peter Drucker
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Há certas palavras, ou conjunto delas, que me deixam perplexo.   
Uma dessas expressões é o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.    
Estas palavras estão sendo usadas em um contexto de algo que     
coloca o tal do planejamento estratégico perto do Nirvana.    
Toda atividade de planejar pode e deve dar origem a um plano.     
O plano pode ser formal ou informal. Todo plano deve conter,     
além das estratégias:    
- o ponto inicial de onde partimos;    
- o ponto final da chegada;    
- o caminho a ser percorrido;    
- os recursos necessários e suficientes para empreender a     
jornada;    
- a determinação ou a vontade de empreender a jornada.    
Esta subdivisão foi apresentada por George Odiorne, um dos     
papas da antiga administração por objetivos.    
Rotular algum planejamento de estratégico parece-me     
desvincular o ato de planejar, elaborar o plano (formal ou     
informal) do ato de colocar a mão na massa...    
Organizações modernas têm o princípio de que quem     
deve fazer o planejamento é quem vai executá-lo, pois a ele cabe     
gerir o antes (planejar), o durante (executar), e o depois (colher     
os resultados e voltar ao planejamento).     
Ou pelo menos, quem for o encarregado da execução participar     
da elaboração do planejamento. Isto dá consistência e     
comprometimento.    
O PLANO é o resultado de um planejamento. O PLANO é     
sempre um exercício de previsão do futuro, portanto um MAPA     
para guiar quem o executa na procura da sua trilha real, na sua     
caminhada, pés no chão, a cada passo.    
FAZER ACONTECER é ajustar o PLANO à realidade encontrada,     
diariamente, passo a passo.    
Para os amantes do PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:    
- "O que vocês farão, amanhã cedo, ao acordar?"    
Há um livro imperdível, editado em 1970, intitulado “DANE-SE     
A ORGANIZAÇÃO”, de Robert Townsend, Editora Best Seller.    
Na sua página 172, esse genial autor, atualíssimo, tem um     
pequeno artigo, que por haver me marcado durante toda a     
minha trajetória profissional, e por considerá-lo atual, eu me     
permito transcrevê-lo a vocês, pois é curtinho:    
"PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO: UM HAPPENING    
O planejamento é melhor quando é cuidado pelo chefe e por     
seus homens-chave.    
Certa vez, me pediram para comandar um nove esforço de     
planejamento a longo prazo. Minha mulher ouviu minha     
entusiástica descrição da nova tarefa. Na noite seguinte, ela     
acabou com a minha alegria com uma única pergunta:    
- "O que você pretende fazer hoje, querido? "    
Abençoada seja."    
Leia:    
PROBLEMAS: O Que É Isso E Como Resolvê-los?      
Todos e quaisquer PLANEJAMENTOS ESTRATÉGICOS são     
meros exercícios intelectuais especulativos, se não forem     
colocados na arena do FAZER ACONTECER.    
Quaisquer PLANEJAMENTOS ESTRATÉGICOS são, no     
máximo, MAPAS IMPRECISOS que representam a construção     
de cenários possíveis, onde vai rolar o FAZER ACONTECER, o     
caminhar no sentido da geração dos resultados esperados.    
Intitular algo de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO     
transmite uma idéia de que temos algo de valor nas mãos,     
exatamente por ser "estratégico".    
Há pessoas que advogam que administração é estratégia!!! Para     
mim administrar é antes de tudo obtenção de resultados.     
Podemos e devemos discutir e debater, sem sombra de dúvidas,   
quais são os resultados.    
A rigor, é característica de todos e quaisquer planejamentos     
traçar um MAPA para se sair de onde se está e ir onde se quer ir,     
prever os meios e encontrar a vontade de percorrê-lo.    
O que existe é planejamento bom ou ruim, sendo somente     
possível julgar esse planejamento ‘a posteriori’, depois que     
transformamos o MAPA em auxiliar na obtenção de resultados,     
em auxiliar no percurso do caminho real do FAZER     
ACONTECER.    
Fazer planejamento, ter um plano, não confere louros a     
ninguém, pois é somente atividade meio da obtenção de     
resultados.    
No frigir dos ovos, fazer planejamento, planejamentos     
consistentes, é uma atividade necessária, mas meio.    
O planejamento é um meio de se garantir os RESULTADOS     
esperados e acordados. Nem ao menos sou contra o     
planejamento, muito pelo contrário, leia:    
Planejamento E Liberdade      
    
Fazer um planejamento é até "fácil", pois o papel aceita tudo, o     
bom e o ruim.    
FAZER ACONTECER os RESULTADOS é que é a briga maior,  
 é o que o Robert Townsend ouviu de sua esposa, depois     
de fazer um excelente e lindo plano estratégico:    
- "O que você vai fazer amanhã?"    
Ter o plano estratégico em mãos é o começo da briga, não o fim,     
ou um fim em si próprio.    
Eu tive como propósito de colocar este BES, pois há pessoas que     
julgam que administração é estratégia. E do jeito e da forma     
como falam, parece que a administração resume-se à confecção     
de um Plano Estratégico.    
O plano estratégico é necessário, mas se constitui de uma     
simples e pura ferramenta meio usada com uma única     
finalidade: facilitar o percurso rumo aos resultados desejados.    
Concluir um plano estratégico só quer dizer isso, terminou um     
plano estratégico.     
Eu, na minha humilde opinião, administração é muito mais     
RESULTADOS do que estratégia. E não estou sozinho nessa     
minha assertiva, como veremos adiante.    
Terminar um plano estratégico é sem glória e árido, obra de     
ficção, talvez até um certo onanismo intelectual, enquanto não é     
posto para ajudar na obtenção dos resultados.    
O Prêmio Nacional da Qualidade 2008, através da sua     
distribuição de 1000 pontos máximos possíveis, confirma a     
tendência mundial da valorização dos RESULTADOS:    
- RESULTADOS = 450 pontos, 45 % do total de pontos (1.000     
pontos possíveis);    
- ESTRATÉGIAS E PLANOS = 60 pontos, 6% do total de pontos     
(1.000 pontos possíveis).    
A ponderação entre 60 e 450 pontos dá uma idéia da     
importância relativa do planejamento e dos resultados.     
A grande medida da efetividade de um planejamento é ele ter     
sido essencial na obtenção dos resultados desejados.    
Ia esquecendo: Odiorne falou que se o seu planejamento não     
tem um dos seus 5 constituintes, a saber:    
- ponto incial;    
- ponto final;    
- um caminho para unir os dois pontos;    
- os recursos para empreender a caminhada;    
- a vontade e a determinação de enfrentar o touro à unha;    
se faltar apenas um deles, você não tem um planejamento, você     
tem tão somente uma preocupação.    
Não transforme o seu planejamento estratégico numa     
preocupação.    
O planejamento da sua empresa precisa ser feito e aprimorado.      
É fazendo e aprendendo, e refazendo e aprendendo que você vai aprender a fazer e refazer o seu planejamento. Mas tenha em mente que o planejamento é somente uma tentativa de dar coesão aos seus esforços na direção dos seus resultados.      
Se o planejamento não está condizente com a realidade, jamais brigue com a realidade, refaça o planejamento para obter os resultados e o sucesso que você almeja.       
Carlos Alberto de Faria      
Merkatus       
Ajudando nossos clientes a atrair clientes.      
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