23 de abr. de 2010

Qual a diferença entre um posto de saúde e um hospital de convênio?

A resposta é simples e rápida: num hospital de convênio não faltam médicos. Nas outras características, são absolutamente iguais. Quem tem precisado frequentar as unidades de pronto atendimento dos hospitais privados que atendem a convênio já se acostumou a sentir como em um serviço público. Longas filas de espera, atendimento ríspido, médicos mal preparados, consultas impessoais que duram em média 5 min, ausência completa de diagnóstico (tudo são viroses) e receitas de bolo que, invariavelmente se constituem de soro fisiológico, buscopan, plasil, tilatil e fenergan. (seja lá o que você tenha)

Ilude-se quem acha que por ter um plano de saúde terá a garantia de um atendimento diferenciado, atencioso e com diagnóstico preciso. A grande maioria dos médicos que atendem nestes hospitais permanecem com a mesma postura que tem nos postos de saúde públicos de estarem fazendo uma obrigação.

Não existe mais nesses profissionais a ralação médico/paciente. É uma linha de produção onde quanto mais rápido se livrar de você, melhor.

Recentemente tive uma dessas péssimas experiências onde, só após peregrinar por três serviços de pronto atendimento sem que qualquer diagnóstico tivesse me sido dado pude, eu mesmo (por ser da área médica) chegar à conclusão do que tinha: uma crise hipertensiva recorrente. Lembro que no último atendimento, às 3 horas da manhã, o “dito” cardiologista nem sequer se deu ao trabalho de fazer um eletrocardiograma, exame básico para a sua especialidade.

A sensação é de abandono. No meu caso, religioso que sou, entrego minha vida e saúde a Jesus, que é em quem eu confio, e peço a ele que sempre ilumine o profissional “descansado” que vai me atender. (nem que seja pra que eu mesmo entenda o que tenho…)